Nesta semana, usuários da internet de todo o mundo foram impactados com a queda das mídias sociais. A oscilação registrada na última segunda-feira, dia 4, durou aproximadamente 5 horas, e interferiu diretamente na comunicação de usuários do Facebook, Instagram e Whatsapp. Para muitos foram momentos de tédio, desespero, tristeza e angústia. No entanto, a reviravolta maior foi no mercado financeiro e na vida dos pequenos e médios produtores que, por conta da pandemia do novo coronavírus, viram na internet a principal alternativa para sobrevivência dos negócios. Essa não é a primeira vez que isso acontece este ano. Entenda o caso.

As startups residentes do HITT (Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté) utilizam mídias sociais para diversas finalidades, como contato e relacionamento com clientes, marketing digital e monitoramento de atividades. Sérgio da Silva, gestor de projetos e head de operações da Vale Entregas explicou que toda central de monitoramento da startup é feita via WhatsApp, em que os clientes podem tirar dúvidas, solicitar suporte e se comunicar. “Toda nossa central fica online das 7h às 00h, em 4 turnos. A empresa ficou incomunicável,  e a saída foi migrar para o Telegram”, comentou Sérgio. 

Com a necessidade de mudar de plataforma, o head relatou que teve de se adaptar a um aplicativo diferente, algo que demora, pois não sabia quanto tempo iria ficar sem se comunicar. Assim, Sérgio da Silva constatou que a empresa não tem a própria ferramenta de comunicação e vê a importância de desenvolver mais esse instrumento. Segundo ele, seria mais uma necessidade para atender essa demanda, tornando um mercado importante para desenvolvedores, que ainda não ocuparam este espaço no mercado. “A gente precisa ter uma ferramenta que seja do nosso domínio, para evitar que situações como essas de instabilidade aconteçam. O que fica de aprendizado, é que não podemos ter só plano A”, argumentou.

“Precisamos de protocolo, de dar instruções para nossos colaboradores e clientes”. Sérgio ainda salientou que, diante desse cenário, é evidente que temos a necessidade de nos comunicarmos. O ato da comunicação é parte do ser humano em seu convívio social. A pandemia deixou isso mais claro e agora, podemos nos comunicar no conforto de casa, o chamado home office

Universo de comunicação e negócios milionários

Após a falha dos serviços e produtos do Facebook, Mark Zuckerberg viu sua fortuna reduzir em US $6 bilhões, de acordo com a revista Forbes, e caindo para o 6º lugar no ranking dos bilionários do mundo. Acima de Zuckerberg, aparecem Larry Ellison (Oracle), Bill Gates (Microsoft), Bernard Arnault (LVMH), Jeff Bezos (Amazon) e o líder do ranking, cujo patrimônio é de US$ 201,2 bilhões, Elon Musk (Tesla). Além disso, os problemas do Facebook não param por aí. Desde 14 de setembro, uma série de reportagens publicadas pelo jornal americano The Wall Street Journal afetou a reputação da empresa ao mostrar que resistiram a adotar medidas para combater a desinformação entre 2018 e 2020 e priorizaram o engajamento pelo receio de que mudanças no algoritmo possam levar à diminuição dos lucros.

Sérgio da Silva, head de operações da startup Vale Entregas mostra como desenvolve novas atividades. Foto: Caio Fernandes | HITT

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