Sabemos que a desigualdade de gênero está presente de diversas formas na sociedade contemporânea, inclusive quando temos como pauta o empreendedorismo brasileiro. O empreendedorismo feminino cresceu muito nos últimos anos, mas as mulheres ainda precisam ganhar espaço em alguns setores. De acordo com dados disponibilizados pelo Sebrae, no terceiro trimestre de 2020 havia cerca de 25,6 milhões de donos de negócio no Brasil. Desse universo, apenas 8,6 milhões eram mulheres – o que representa 33,6% do total.

Esse número é um pouco maior segundo uma pesquisa feita pela startup Distrito, em parceria com a Endeavor e a B2Mammy, que diz 46,2% de empresas existentes no país foram fundadas por mulheres. A pesquisa aponta outro dado: apenas 4,7% de mulheres estão presentes no ramo das startups. Independente da análise, o número ainda é pequeno quando levamos em consideração que as mulheres constituem mais de 50% da população do país. Porém, no Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté há quem queira mudar esse cenário. Atualmente, entre os 32 projetos individuais e startups residentes no hub, 11 contam com a liderança e o suporte do trabalho de mulheres.

Uma dessas empreendedoras é Valéria Oliveira, CEO da OW Mãe, startup incubada no Hitt. Para ela o desafio em empreender sendo mulher é entrar em um mercado restritivo. “Acredito que os desafios e as barreiras que enfrentamos sejam muito maiores. A presença da mulher nesse universo empreendedor é necessária, porque estar à frente de um negócio requer criatividade e sensibilidade – e com tecnologia, podemos fazer a diferença na vida das pessoas!”, disse.

Bruna Oliveira também é residente do Hitt e está desenvolvendo um projeto na pré-incubação. Ela conta criou a Kuchii ciente dos desafios de empreender sendo mulher, mas esperançosa com os frutos que pode colher no futuro. “Além de sermos desacreditadas, às vezes também enfrentamos triplas jornadas de trabalho. Hoje em dia temos ocupado cada vez mais espaços e essa realidade tem mudado um pouco. Por isso acredito na importância de uma rede de mulheres empreendedoras, que desbravam o mundo dos negócios como líderes da própria ideia. Ocupando essas posições, podemos ter mais liberdade financeira, gerar oportunidades e inspirar outras mulheres”, conta.

Conheça um pouco cada uma das mulheres que empreendem no Hitt e quais são seus respectivos projetos:

Ana Cláudia Brandão e Graziella Salvato (Loggikka)

Desenvolvem projetos, criam modelos de gestão e oferecem mentoria em Logística, Supply Chain, Transportes, Manufatura, Desenvolvimento Humano e Segurança do Trabalho.

Bruna de Oliveira (Kuchii)

Cria soluções para serviços realizados em cozinhas industriais compartilhadas, conectando empreendedores ao setor de alimentação.

Daniela Cabral (Digital Maps)

Contribui para uma startup pioneira em mapeamento aéreo no Vale do Paraíba e Vale Histórico, trazendo soluções por meio de drones.

Fernanda Medeiros (Voucher Up)

Quer lançar uma plataforma de gestão de projetos que execute as etapas do processo de gerenciamento de maneira simples e intuitiva.

Fernanda Vasconcellos (giBit)

Atua em uma startup especializada em transformação digital e criação de conteúdo criativo e educacional.

Gabriela Siqueira (AVAL)

Tem uma startup de análise técnica e financeira para auxiliar o processo de compra de veículos.

Letícia Cursino (Cidade Cultural)

Desenvolve uma plataforma digital que promove a preservação do patrimônio cultural e o desenvolvimento do turismo local.

Naiara Flor (Fulerinhos)

Promove o desenvolvimento socioemocional e estimula a capacidade imaginativa por meio de experiências criativas.

Patrícia Carvalho (Lifety)

Conduz uma startup de gestão de Saúde e Segurança do Trabalho, atuando por meio de métricas objetivas como o FAST.

Raquel Marques e Viviane Fushimi (QuírOn)

Coordenam uma plataforma de consultoria e assessoria virtual, conectando empreendedores a profissionais de comunicação.

Valéria Oliveira (Ow Mãe)

Tem um aplicativo de mobilidade urbana destinado a crianças e adolescentes.

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